Escrevi pouco sobre futebol. E este pouco foi sobre nossa selecinha (parafraseando o Zé Simão). A verdade é que o futebol anda desanimador. Pelo menos para nós atleticanos. Olha que eu gosto muito do esporte. Via sempre na TV e ainda adoro ir ao Mineirão, mesmo ele tendo se transformado numa espécie de coliseu romano às avessas. Sim, porque agora batalhas sangrentas de vida ou morte são grotescamente apresentadas entre o próprio público. Mas voltando ao desânimo, os torcedores de alguns clubes que apresentam bons elencos e partidas suportáveis dizem simplesmente que estou com dor de cotovelo. Não deixa de ser verdade. Não deixa de ser verdade também que o esporte já viu dias melhores. Como todas as atividades do mundo moderno, acabou virando refém de patrocinadores. Dos grande, claro, já que o torcedor que coloca a mão no bolso (furado) não tem direito a nada. O Estatuto do Torcedor parece que já entro para o clube das "leis que não vingam" no Brasil. Bons jogos só em campeonatos estrangeiros. Campeonatos estes abarrotados de jogadores brasileiros. Para vê-los só pela TV. Pay-per-view, é claro. Como todos sabem, existe uma lei onde é proibida a veiculação de material audiovisual de qualidade nas TVs abertas. Exigência dos nossos queridos patrocinadores.
Enquanto isto, meu galinho, devendo todas as penas, resiste à duras penas na elite do futebol. Triste vê-lo definhando vagarosamente. Realmente não merece a torcida que tem. Mas com certeza não são todos os atleticanos que estão tristes. Nossos ex-presidentes e suas cortes com certeza não têm do que reclamar da vida. O Atlético, tenho certeza, lhes deram muitas alegrias, que devem ter sido devidamente depositadas em paraísos fiscais espalhados pelo planeta. As portas do clube continuam servilmente abertas a estes nobres seres humanos. Dureza...
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