segunda-feira, 31 de março de 2008

Paciência.

Fiquei sem tempo e saco para postar este mês. As notícias só mudam de aparência... Acabo me tornando repetitivo e chato se ficar comentando cada aberração que se lê. Será que vai chover hoje?

quinta-feira, 6 de março de 2008

Permanganato de Potássio é o nome dele.

Ainda intrigado pelo estranho ataque da Colômbia ao Equador resolvi dar uma investigada na imprensa idependente. Afinal, como eu indaguei na postagem aí de baixo, achei muito estranho este ataque justamente quando as FARC davam sinais de amolecimento (leia-se libertação de reféns). Já suspeitava que Uribe não era flor que se cheire. Junto com os Estados Unidos, vive acusando as FARC de narcotráfico. Mas me lembro de fatos que relacionavam altos escalões de políticos colombianos ao tráfico de drogas. Políticos em sua maioria são corruptos. Eleições geralmente são ganhas pelas campanhas que mais arrecadam dinheiro. O resultado desta equação não deve ser muito absurdo... Aí me deparei com a notícia de que o presidente colombiano já esteve na lista de narcotraficantes do DEA (Drugs Enforcement Administration). Descubro também que o chefe da campanha de Uribe, Pedro Juan Moreno Villa, importou nos anos de 1997 e 1998, através da empresa GMP Produtos Químicos, 50 mil quilos de permanganato de potássio. A empresa foi a maior importadora do produto entre 1994 e 1998. Nesta época, Álvaro Uribe era governador do Estado de Antioquia. Adivinhem quem era seu chefe de gabinete. Claro que um volume deste porte chamou a atenção do DEA, já que sem esta singela substância não é possível o refino da cocaína. O mais interessante é que não se encontra nenhuma menção destes fatos na imprensa. Dou minha cara a tapa se a próxima VEJA e congêneres (eca) não chegar às bancas dizendo que Chavez financia a guerrilha colombiana e que Uribe fez o que deveria ser feito contra os malvados terroristas. Porta-vozes eficientíssimos do discurso interesseiro, furado e corrupto da Casa Branca. Tristemente patético...

terça-feira, 4 de março de 2008

Garçom, tem um terrorista na minha sopa!

Pois é. Como nada mais é surpresa neste bélico mundo do século XXI, nossos vizinhos amazônicos andam às turras. Parece que o presidente colombiano Álvaro Uribe está se tornando uma espécie de Tony Blair latino. Já senta, dá a patinha e finge de morto, magistralmente adestrado pelos falcões do Bushinho. Depois de repetir como papagaio a ladainha estadunidense, resolveu agir como seus patrocinadores, invadindo território equatoriano. A justificativa já estava na ponta da língua: "guerra ao terrorismo"! Lendo a cobertura (acobertura?) da imprensa, parece absolutamente normal que um país simplesmente invada o outro. Soberania nacional é apenas um detalhe... O enfoque recorrente na maioria dos textos é o êxito das ações. Pouquíssimas linhas sobre o perigoso precedente aberto pelo exército colombiano, que como todos nós sabemos, há muito tempo é literalmente bombado por grande quantidade de verdinhas. Aliás, Bushinho não tardou em "agradecer" Uribe por sua ação "forte" no combate aos terroristas. O mais estranho é que a investida contra as FARC (uma das várias e abomináveis milícias colombianas) se dá justamente no período em que vislumbrava-se alguma luz nesta história obscura. Concordando-se ou não com esta perspectiva, pela primeira vez víamos alguns reféns serem libertados, com o presidente/mico de circo venezuelano Hugo Chavez se destacando como interlocutor. Alguns dos reféns libertados inclusive afirmaram que a ação de Chavez era válida e deveria continuar. Parece que esta imagem positiva do presidente venezuelano nos noticiários não agradou o pessoal lá do norte. E tome movimentação militar nas fronteiras. O Equador, mais do que corretamente, exige providências na OEA. Se a moda pega, a Venezuela é a bola da vez, e Chavez terá orgasmos múltiplos. E a Colômbia? Bem, continua de quatro, esperando que entrem mais dólares. Está fazendo direitinho a lição. Já alardea aos quatro ventos que o Equador "dá abrigo a terroristas" e que Chaves "financia o terrorismo". Talvez seja na densa floresta amazônica que finalmente encontraremos Osama Bin Laden e as armas de destruição em massa.