segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chaves e a democracia

Pois é, se inicia mais uma vez a choradeira da imprensa anti-chavista. Não que eu morra de simpatias pelo presidente venezuelano, mas é patético ver a cobertura da maioria da imprensa quando se trata do moço. A mudança da constituição venezuelana garantindo reeleições infinitas estão tirando o sono de nossos tão democráticos meios de comunicação. Na questão da representatividade popular na esfera política, sou totalmente contra qualquer tipo de reeleição, principalmente no poder legislativo. Ponto para os gregos. A reeleição impede a circulação de idéias e de líderes, tornando a sociedade menos participativa. Mais apática. Se estivesse na Venezuela, provavelmente votaria "Não". Agora, ver pessoas chamando Chaves de ditador autoritário é ridículo, de uma má-fé estonteante. Os jornalistas brasileiros deviam olhar para o próprio umbigo antes de invocar esse clamor pseudo-democrático. Se esquecem fácil de como FHC comprou o Congresso para mudar nossa constituição, aprovando a reeleição para ele mesmo se beneficiar. Ver minhas opiniões serem derrotadas nas urnas é bem menos revoltante do que assistir nosso congresso contando as verdinhas. Nos dez anos que está no poder, Chavez já fez 15 consultas populares sobre os mais diversos temas que norteiam as políticas do seu governo. Todas as decisões foram tomadas pela maioria da população, sejam elas boas ou ruins. E vamos nós, com nosso Congresso fedorento, apontar o dedo pro nosso vizinho maluquete, chamando-o de ditador? Ok, ok... Vamos ouvir a do Joãozinho agora...

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